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quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Bolhão

Não estava a pensar sequer escrever sobre o Bolhão e vou tentar ser poupado porque já vi por estes lados tanto veneno a propósito desta questão que apenas gostaria de tecer algumas considerações: Primeiro a questão da conservação: o Bolhão sempre foi feio, mal organizado, sem higiene, sem condições para os deficientes, sem condições de estacionamento. E com.. preços muitas das vezes não afixados, com muitos vendedores a pagarem rendas miseras, com vendedores sem caixas registadoras, limitando-se a ir ao avental e colocar no bolso porque era tudo lucro. Impostos só mesmo o pagamento do valor da renda.

Isto foi sempre um ciclo vicioso, e permitam-me que faça uma analogia da malha urbana da Baixa com o Bolhão: rendas baixas, falta de incentivos à reparação, e depois quem é inquilino não quer sair porque sabe que se o senhorio intervir no edificado depois irá pagar muito mais.

Entrando agora nos argumentos deliciosos e apaixonantes dos participantes permitam-me apenas fazer dois comentários: ao ver as fotos da "manif" só da vontade de esboçar um sorriso amarelo, porque de facto senti logo que os manifestantes, politicos mal disfarçados e jovens que nem pareciam nada aquela malta alternativa de esquerda frequentadora do Piolho (eles ja não fizeram o teatrinho da barricada no Rivoli?), e por fim os clássicos "velhotes" que param para ver a multidão passar..

Apaixonante é também ver como alguém fica imobilizado quando chega a hora de defender o seu trabalho. É que se Rui Rio acredita neste projecto não basta assobiar para o lado, à espera que isto passe tem de explicar para quem não é economista, que o comércio tradicional tem de criar condições para atrair a classe média que gosta de conciliar a compra de produtos frescos com alguns bens essenciais, ao mesmo tempo que faz a sua pausa de almoço ou que sai do seu emprego.

Eu dar-lhe ia dois conselhos se me permitir a ousadia: reveja os conceitos de aversão à mudança e de comunicação informal. Eles estão ligados e são o principio do fim deste fait diver politico.
Blog Baixa do Porto

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Paris



Transpira vida, cultura, moda e muita arte. Culturalmente rica, fiquei impressionado com a preservação do centro histórico. Não se vêem casas devotadas ao abandono. Não se veêm amontoados de carros estacionados,porque o parisiense anda de metro.
Por entre as grands boulevards, são mais que muitos os edíficios históricos, as igrejas, os hoteis clássicos, as grandes marcas instaladas em verdadeiros edíficios museu..

A Torre Eiffel: Saimos em Trocadéro e da margem direita do Sena do alto das escadarias do Palácio do Museu cinematográfico deparamo-nos com ela... madura, reliquia fetiche dos franceses, mas sempre bem conservada... Pudera, com os preços que se cobram pela subida ela só poderia estar incólume..
As vistas são espectaculares. Podemos admirar essencialmente duas coisas: a perfeição do cruzamento rectilineo das grandes avenidas do centro da cidade, admirar o Sena, as pontes, Os magnificos jardins, o Eliseu, Montmartre, Montparnasse e o Quartier Latin. A altura tem tanto de belo como de gélido!

Opera Garnier: Imponente edíficio, todo rebuscado, reluz de dia ou de noite, tudo é luz tudo é arte!

Champs Elysees: Uma majestosa avenida, com montes de lojas e um ritmo de vida fantástico. Ao fundo sempre presente o Arco do Triunfo, centro das doze avenidas que até si desaguam. Nesta avenida perdes a carteira em dois tempos, desde cultura, moda, bons restaurantes cinemas, ateliers, stands de automóveis com verdadeiras bombas... e muito mais..

Sena: Um estreito Rio que embora muito poluido, consegue ficar embelezado com as maravilhosas pontes na sua maioria pedonais que o atravessam sempre à cota baixa. Ao longo das margens vemos edíficios clássicos, miraculosamente estimados, e que demonstram a riqueza de diversas fases da história francófona.

Louvre: Não esperava. Não esperava entrar de borla, fiz a festa claro está. Mas depois percebi-me aonde me tinha enfiado...simplesmente no melhor museu que alguma vez entrei ou vá entrar. São tantas as peças de livro de história que ficamos impressionados desde logo com a grandeza e requinte das salas. Quer pela sua decoração ou pelos frescos do tecto.
As salas são impressionantes. O museu está dividido em três àreas: desde a Mesopotamia, Os egipcios, os gregos,os romanos, pintores classicos, impressionistas, cubistas, realistas objectos de arte oitocentistas e mais e muito mais! Demorei 3 longas horas para percorrer a paço acelerado aquilo que em norma demoraria mais de um dia inteiro a ser apreciado. Não é qq lado que tem reunido a Mona Lisa, A Vénus de Milo, A Coroa do Rei Sol, os adornos de Napoleão, o Sarcofágo dos Casados, o Código de Hammurabi ou a Estátua de Ramsés II..