Quando eramos mais jovens, todos nós estudamos ainda que sintetizadamente, a Sociedade das Nações (SDN) que terminou após a 1º GM pois era uma organização fantoche das vontades das principais potências da região. Quando se fundou a ONU, era suposto não serem cometidos os mesmos erros da sua antecessora. Mas a perda de influência da ONU é mais que óbvia.
Este conflito tem-se arrastado anos a fio. Ao longo dos anos a ONU não tem sabido gerir as escaramuças dos conflitos israelo-árabes e, como resultado, morrem civis inocentes os terroristas continuam impunes e os povos do mundo civilizado pagam a factura nas bombas de gasolina, nos supermercados etc..
A razão pela qual a ONU não consegue intervir aqui, como no Iraque é que interesses maiores se sobrepõem à defesa da paz e da estabilidade. No caso do Iraque como costumo dizer, cheira a petróleo; neste caso cheira mesmo é a quantias avultadas de dinheiro para financiar armamento não só de Israel mas também de alguns paises àrabes. E como os katiushas e os tanques não são nada baratos e como se vão gastando esfregam-se as mãos quando está na hora de repor stocks.
Este conflito é surreal: De um lado o Libano, que não é mais que uma extensão da Síria, um Estado que tem pouco de Democrático, não respeita os direitos e as liberdades individuais e que se suspeita de albergar células terroristas. Estado este que financia estes mesmos grupos terroristas. Então pk não entram os EUA aqui? Talvez a resposta seja "do mal o menos" a entrada num território destes seria relativamente célere, mas depois coloca-se a velha questão do sitio sem rei nem roque ou seja, quem governa um pais onde não existem estruturas democráticas que se auto-estimulem? O exemplo do Iraque é por demais evidente.
Voltando ao Libano, esta faixa costeira foi, até 1920 um protectorado Francês ( nome bonito para colonização e xulanço), o território adoptou uma bandeira tricolor em homenagem à França, essa bandeira, estabelecida na constituição de 1943, simbolizava a divisão de poder entre sectores católicos e muçulmanos. No centro da bandeira encontramos um pinheiro que, segundo a biblia é o simbolo da esperança paz e eternidade (in Yahoo.om)
Este pequeno território é uma terra de ninguém, isto pk o poder democrático não possui força suficiente para desarmar milicias terroristas como a já conhecida hezbollah que governa uma região dentro de um pais. Como tal, sendo um movimento terrorista, quando este se porta mal, quem paga é todo o pais libanês, dai que não seja poupado todo o território.
Na minha opinião Israel está a cometer um erro colossal: é que se por um lado, vai limpar a implantação do Hezbollah a Sul, o povo libanês vai se colocar ao lado de quem os supostamente defende a si e à sua terra. Dai que, no fim do conflito, iremos assistir a um aumento do poder deste grupo que até já possui representação no parlamento, e quem sabe, na pior das hipóteses assumir o poder como os terroristas da Palestina conseguiram.
Israel, bem mais conhecido por infortúnios que a história não apagará, nasce nasce após uma reunião Assembleia Geral da ONU realizada em 29 de Novembro de 1947 se decidiu pela divisão da região histórica Palestina em dois estados, um judeu e outro árabe que deveriam formar uma união económica e aduaneira. A situação gerou rebeliões por toda terra que logo eclodiram na chamada Guerra da Independência. E assim tem sido até aos dias de hoje. Se pensarmos que Israel são 2/3 do Alentejo, então logo percebemos que um ataque de qualquer pais em redor afecta desde logo este pais. Como está literalmente rodeado de inimigos, armou-se até aos dentes, e claro que a qualquer jogada em falso entram logo com tudo. Este desequilibrio de forças foi sendo permitido pelos paises ocidentais que como estes foram vitimas do holocausto trataram de dar todas as condições para terem o que deviam e o que não deviam. As condições em que Israel deixa viver os palestinianos são miseráveis impondo-lhes restrições para tudo.
Por isso, e concluindo este pensamento, acho que só uma entendidade independente e global que deveria ser a ONU, é que poderia, através de uma força multinacional, impor a colocação de militares nas zonas de conflito e ao mesmo tempo, intermediar negociações entre as partes mas também envolvendo os paises vizinhos e resolvendo problemas como a elimininação de milicias, de colonatos de barreiras fisicas e de outros constrangimentos. Claro que o pais que fosse apanhado a financiar armamento deveria sofrer sanções capazes de afugentar os prevaricadores.
A sensação que fica disto tudo é que os grandes culpados não são os envolvidos mas antes os paises que após a 2GM e o processo de descolonização "andaram" de regúa e esquadro a dividir o mapa como que de o jogo se tratasse. Em paises pobres como Moçambique e Angola gerou guerras civis, aqui o que muda é que estamos perante uma guerra religiosa, de crenças entre um pais rico e um pais pobre.