Tiago e Rute foram de metro para o próprio casamento
Rute Nunes, a noiva, saiu de Gaia às 11 horas e chegou a Vila do Conde às 12,30 horas...
"De metro. Está decidido! Vamos de metro". A decisão estava tomada Tiago Alves e Rute Nunes passavam na estação de Azurara, em Vila do Conde, a pouco mais de um quilómetro da quinta onde se realizaria a cerimónia do casamento. Estavam a cerca de um mês do "grande dia" e, parados na passagem de nível, decidiram "por brincadeira": iriam
de metro para o altar e evitariam a espera na passagem de nível.
A brincadeira tornou-se realidade, apesar de nunca terem andado de metro. O plano estava traçado, mas só ontem, à chegada à Igreja Evangelista de Gaia - o ponto de encontro -, os convidados ficaram a saber que a ida para a Quinta do Casal, em Azurara, seria feita de metropolitano. Por todos. Uma viagem, no mínimo, original de sensivelmente uma hora, com transbordo na Trindade, no Porto, que surpreendeu até os utentes que, pela primeira vez, partilharam a carruagem com noivos a rigor.
"Queríamos que o nosso casamento fosse inesquecível para nós e para os convidados", explicou, ao JN, Tiago Alves, que não escondia o sorriso ao lembrar a surpresa de todos perante a distribuição dos 60 "Andantes" à porta da Igreja Evangelista de Gaia, disponibilizados gratuitamente pela Metro do Porto.
Como manda a tradição, o técnico de informática partiu primeiro da estação da Câmara de Gaia, pouco depois das 11 horas, com os seus convidados. Chegou à Azurara às 12,30 horas e partiu rumo à quinta já que, manda a tradição, não podia ver a noiva antes da cerimónia.
Rute chegou pouco depois das 13 horas, com mais algumas dezenas de convidados. "Os convidados aderiram todos. Pensámos que, por causa das roupas e dos saltos altos, pudessem não gostar, mas acharam engraçado", explicou a recepcionista de 23 anos. "Conheço o Tiago há muito tempo. Sabia que o casamento dele tinha que ser diferente. Tenho a certeza que ninguém vai esquecer", afirmou Bruno Simões, o padrinho dos noivos.
JN