Não estava a pensar sequer escrever sobre o Bolhão e vou tentar ser poupado porque já vi por estes lados tanto veneno a propósito desta questão que apenas gostaria de tecer algumas considerações: Primeiro a questão da conservação: o Bolhão sempre foi feio, mal organizado, sem higiene, sem condições para os deficientes, sem condições de estacionamento. E com.. preços muitas das vezes não afixados, com muitos vendedores a pagarem rendas miseras, com vendedores sem caixas registadoras, limitando-se a ir ao avental e colocar no bolso porque era tudo lucro. Impostos só mesmo o pagamento do valor da renda.
Isto foi sempre um ciclo vicioso, e permitam-me que faça uma analogia da malha urbana da Baixa com o Bolhão: rendas baixas, falta de incentivos à reparação, e depois quem é inquilino não quer sair porque sabe que se o senhorio intervir no edificado depois irá pagar muito mais.
Entrando agora nos argumentos deliciosos e apaixonantes dos participantes permitam-me apenas fazer dois comentários: ao ver as fotos da "manif" só da vontade de esboçar um sorriso amarelo, porque de facto senti logo que os manifestantes, politicos mal disfarçados e jovens que nem pareciam nada aquela malta alternativa de esquerda frequentadora do Piolho (eles ja não fizeram o teatrinho da barricada no Rivoli?), e por fim os clássicos "velhotes" que param para ver a multidão passar..
Apaixonante é também ver como alguém fica imobilizado quando chega a hora de defender o seu trabalho. É que se Rui Rio acredita neste projecto não basta assobiar para o lado, à espera que isto passe tem de explicar para quem não é economista, que o comércio tradicional tem de criar condições para atrair a classe média que gosta de conciliar a compra de produtos frescos com alguns bens essenciais, ao mesmo tempo que faz a sua pausa de almoço ou que sai do seu emprego.
Eu dar-lhe ia dois conselhos se me permitir a ousadia: reveja os conceitos de aversão à mudança e de comunicação informal. Eles estão ligados e são o principio do fim deste fait diver politico.
Isto foi sempre um ciclo vicioso, e permitam-me que faça uma analogia da malha urbana da Baixa com o Bolhão: rendas baixas, falta de incentivos à reparação, e depois quem é inquilino não quer sair porque sabe que se o senhorio intervir no edificado depois irá pagar muito mais.
Entrando agora nos argumentos deliciosos e apaixonantes dos participantes permitam-me apenas fazer dois comentários: ao ver as fotos da "manif" só da vontade de esboçar um sorriso amarelo, porque de facto senti logo que os manifestantes, politicos mal disfarçados e jovens que nem pareciam nada aquela malta alternativa de esquerda frequentadora do Piolho (eles ja não fizeram o teatrinho da barricada no Rivoli?), e por fim os clássicos "velhotes" que param para ver a multidão passar..
Apaixonante é também ver como alguém fica imobilizado quando chega a hora de defender o seu trabalho. É que se Rui Rio acredita neste projecto não basta assobiar para o lado, à espera que isto passe tem de explicar para quem não é economista, que o comércio tradicional tem de criar condições para atrair a classe média que gosta de conciliar a compra de produtos frescos com alguns bens essenciais, ao mesmo tempo que faz a sua pausa de almoço ou que sai do seu emprego.
Eu dar-lhe ia dois conselhos se me permitir a ousadia: reveja os conceitos de aversão à mudança e de comunicação informal. Eles estão ligados e são o principio do fim deste fait diver politico.
Blog Baixa do Porto
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