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sábado, maio 13, 2006

Conversas de Café

Quando entramos no penúltimo ano de curso cada momento é vivido com mais intensidade e dá-se mais importância às experiencias que se vivem... e por isso, pensamos mais naquilo que passou e vale a pena tirar algumas conclusões...
Comecei a pensar em escrever este post em pleno cortejo, porque assisti a algumas cenas lamentáveis e que tal como na queima das fitas não dignificam nada o real significado de se ser estudante universitário...

Estar na praxe ou não estar?

Bem... eu fui caloiro até ao fim e por isso tornei-me menbro da praxe, unica e exclusivamente para adquirir o estatuto de estudante praxista. Ou seja, quis beneficiar das actividades que a praxe dá acesso.. mas chegado a esta altura pensei se isso valeu ou não apena.
È verdade que a praxe permite-nos conhecer pessoas, é a chamada integração: consegui-mos mais facilmente conhecer pessoas que estão ali de pára quedas como nós e como está ali tudo para o mesmo, então a união propicia mais contactos.
Porém a praxe tÊm os seus q´s: têm pessoas que não se sabem comportar, tem frustrados, tem anormais e infelizmente têm pessoas que calam-se porque não se querem chatear. Depois há aqueles que vão à praxe porque dá status e vai dai, estão lá batidinhos e prontos a suar a camisola em torno do ideal idiota. :P
Durante o cortejo assisti a uma cena recambolesca já como público: os meninos da católica chamavam palhaços aos colegas de direito da UP mesmo antes da tribuna alto e bom som... comentava-se entre os presentes que isso se devia ao facto de estarem no cortejo alunos anti-praxe atrás dos caloiros de direito.
Certamente que a essas pessoas ninguem lhes explicou que há praxe e praxe e, se em 150 potenciais caloiros chegam 11 ao cortejo então a praxe não será do mesmo modo como será na referida privada. Por outro lado, entendo que o cortejo é para pretos brancos rastas,góticos praxistas e anti-praxe é para ESTUDANTES, e é assim que deve ser. Não vou agora aqui dizer que a praxe na Católica é ter 80% de presenças nas Festas no Via Rápida ou que as senhoras doutoras vou com uma malinha escondida debaixo do traje.
Para mim Palhaçada mesmo é a Católica da Foz ir com um carro e a Católica do São João ir com outro carro. Nesse sentido eu acho isso sim uma palhaçada, porque o cortejo não se representam cursos mas Faculdades e Universidades. Mas depreendo que elitistas e snobs não se queiram misturar com os restantes estudantes da Católica-Biotecnologia.
Já imaginaram Gestão ir num carro e Economia no outro? ia ser giro...
Por outro lado, e ainda segundo esta situação há outra situação que é de se falar: como se explica que na FDUP em 150 primeiro-anistas existam só 11 caloiros no cortejo? Explica-se por uma praxe que é discricionária, desmotivante e que mais parece o "Nunca digas Banzai" em que estão meia dúzia de extreminadores que eliminam caloiros em função da estupidez das actividades praxisticas e aqueles que conseguirem ser humilhados e espezinhados é que chegam ao prémio final que é tornarem-se os legitimos representantes e que, por sua vez, asseguram que a toinice e a malvadez vai continuar... felizmente na FEP não é assim!
Curtido mesmo foram os fitados e caloiros que não participaram nisto a fazer um cortejo dentro do próprio cortejo... riam-se eles eram mais do que os sobreviventes da praxe! Os olhares entre praxistas e não praxistas era quase do tipo tu n és dos meus por isso fuck off... isso é mesmo triste... afinal são todos alunos! quando era suposto as rivalidades começarem no mercado de trabalho afinal não... começa logo nas opções que cada um entende fazer e que quem faz a opinião contrária n reflecte e aceita..

Pública ou Privada?

Volvidos 4 anos posso dizer que foi uma boa escolha entrar na FEP. Quando andei no Ribadouro apesar de ser uma Secundária Privada existia uma coisa que era única: havia gente de todos os tipos, gente simples, ricos, pobres, com a pdm em alta, vaidosos, trabalhadores, betos, gunas, alternativos... era um verdadeiro "melting pot" onde todos eram diferentes e todos conviviam. Quando entrei na FEP pensei que isso nunca seria possivel, mas estava enganado, pois com tanta gente de fora da cidade e de outras vivências gente de outras escolas e tão diferentes umas das outras, que afinal, só podia dar numa mistura ainda maior. Isso é óptimo porque podemos entrar em contacto com diferentes realidades. No caso de eu ter entrado na Católica iria dar com uma... festas e mais festas ( ia ser altamente) pessoas bem encaminhadas na vida e sobretudo, pessoas elitistas e snobs.
Do ponto de vista da qualidade do curso, a flexibilidade com que se adapta o curso à realidade é muito superior na Católica, e por isso, mais actualizado e condizente com a realidade. É mais breve, com boa entrada no mercado de trabalho e as instalações são razoáveis e bem localizadas. Mas como não há bela sem senão neste caso há uma pilha deles... a começar pelo preço da aventura... mesmo com bolsa ( completamente injusta pois não existem bolsas com base nas notas no que toca à faculdade pública) a coisa iria ficar bem dispendiosa.. Depois existe a questão do grau de dificuldade e de esforço que exige. Às vezes pergunto-me... não terá a igreja católica necessidade de cobrar um dinheirinho extra pelo uso indevido do nome? é que se existe algum motivo religioso na instituição entao... de duas uma: ou é para obter o estatuto de semi-pública o que leva a crer que o lobby da igreja ainda existe camuflado, ou então as cruzes cristãs que estão nas paredes é para amenizar o maior local de profanadores por metro quadrado logo a seguir às buates e ao kekodromo..
De qualquer modo como ateu, eu não poderia vestir a mascara de hipócrita...
Pronto falando a sério, apesar de existir muitos professores pedantes no ensino na FEP e uma logistica coincidente com o Burkina Faso eu considero que ao preço que está fiz um bom negócio..

Tive uma experiência traumatizante no British Council no Breyner e depois na Foz. As pessoas só falavam inglês, incentivava-se o culto da lingua e da cultura inglesa como superior à nossa. As pessoas andavam todas de nariz empinado e muito individualistas, muito mesquinhas e pouco dadas a socializar. As raparigas enclausuravam-se nos recantos do recreio a mostrar as ultimas novidades da moda e a falar das saidas nocturnas e eles contentavam-se em dar um chutos na bola e a mostrar os relógios e as chaves das motas e dos carrinhos cagalhões ( os carros para dois que não precisam de carta e desculpem a expressao mas é mesmo o que parecem) e os convites para as festas...
Isto era no 12º ano... entao eu pensava se esta malta vai toda para a Católica estou feito! 3 ou 4 dessas pessoas a quem me refiro estão na FEP são quase todos do 3º ano e não se dão com o povo é o pessoal da primeira fila dos estudiosos... já estao a ver kem são? Exacto, são aqueles que se enganaram na faculdade...
Queima das Fitas? Ir ou não ir?
Ir sim claro... de preferÊncia ir em dias que não sejam da enchente... porque ai não é queima dos estudantes é queima dos não estudantes...
A queima é especial ou não acontecesse uma vez por ano.. todas as faculdades estão presentes e é tudo fantástico desde o espirito aos concertos, dos shots às fotografias... da pimba à house... toda a gente sabe do que eu falo.
Podia ser melhor, é um facto. A FAP podia encher os bolsos de um constuctor civil e de um patrocinador abonado que restaurasse o espaço e proporcionasse mais condições de higiene.
Por outro lado, a segurança deixa muito a desejar... todos nós já passamos sem ser revistados e, já vimos gente a fumar kilos de ganza e a sair de lá verdadeiramente ganzados! Depois existem barrakinhas e barrakonas existem pré fabricados de dois andares... verdadeiras tendas de campismo... por segurança podiam ser todas fornecidas por uma empresa subcontratada podendo obedecer a critérios minimos de segurança...
Vamos lá ver se chega alguem que rompe com o sistema e gasta o balurdio num cartaz aliciante e num espaço mais bem distribuido e com sitios para depositar o lixo se não for pedir muito...
Fora isso... podiam-se fazer duas queimas por ano... :) e já agora já que se fazem estações de metro pra estádios e aeroportos porque não fazer uma estação parke da cidade? lol

5 comentários:

Anónimo disse...

Por acaso, qd eu era caloira ( mt tempo claro lol...) economia e gestao tinham cada um o seu carro.
Gestao foi definitivamente o mais divertido... ate fizemos invasões a economia!!!
Pessoal de gestao é sp pessoal de gestão!!

Anónimo disse...

Só para corrigir, eram 20 caloiros da FDUP e não 11. Diga-se, de passagem, que o impacto númérico relativamente aos 150 é grande e, talvez, chocante. :/

Anónimo disse...

Só para corrigir, eram 20 caloiros da FDUP e não 11. Diga-se, de passagem, que o impacto númérico relativamente aos 150 continua a ser grande e, talvez, chocante. :/

Anónimo disse...

Bom dia!

Li o teu texto com muita atenção e não percebi algumas coisas… Começando por

eu fui caloiro até ao fim e por isso tornei-me menbro da praxe, unica e exclusivamente para adquirir o estatuto de estudante praxista.

Foi por isso que fostes caloiro? Eu quando era caloiro não me passava pela cabeça isto… talvez tenha entrado na minha faculdade ainda muito inocente… mas o que eu queria era conviver com os meus colegas e divertir-me ao máximo (consegui deixar de ser tímido -sem me embebedar uma única vez - mas infelizmente so fiz 3 cadeiras!) No ano a seguir quando trajei, fi-lo porque senti uma obrigação em faze-lo… vivi tanto que achava que tinha que dar o meu contributo para que também outros pudessem ter fantásticas experiências. Como semi-puto fui um ‘escravo’ mas com gosto em remar para o lado que me pareceu o mais correcto… no 3 ano dei o meu melhor para aprender tudo, tive de engolir muitos sapos - porque afinal as coisas não eram bem como eu imaginava - mas lutei sempre para que um dia( que não estaria longe) poder fazer mais do que ser um bom ‘ajudante’. No meu quarto ano fiquei responsável pela praxe do meu curso e acreditem ou não foi um peso brutal sobre mim, pois aqui as coisas são levadas muito a sério. Eficiência e eficácia são palavras fundamentais. E comandar tanta gente não é fácil… principalmente quando se sente pressão do conselho de veteranos. Cheguei ao fim da quarta matricula com menos alguns cabelo e com também alguns brancos de cansaço… apesar de tudo o que passei, o bom e o mau, talvez muito mais coisas más do que poderia imaginar. Acabei com um sorriso largo e com os olhos brilhantes! Fiz muita merda, certo! Com o grau de exigência que me foi proposto eu propri osabia que ai fazer muita… mas com um sentido de dever cumprido! Hoje estou no meu quinto ano, infelizmente (por um lado) ainda vou ter de passar mais dois por cá mas continuo activo na praxe do meu curso e não tanto virado para os caloiros mas para os doutores.

Por traz de cada tshirt de caloiro, da cada capa e batina há um coração que bate… e praxe tem mais a ver com isso do que a maioria pode imaginar… sinto-me um priviligiado por poder ter falado (principalmente ouvido!) aqueles que deram origem a praxe do porto, aqueles que lutaram para que hoje qualquer um de nós possa sair de capa e batina sem medo… Um veterano meu que estimo muito diz que a praxe é pura na sua essência, as pessoas é que a deturpam… deixem que o espírito da praxe vos contagie e não o contrário

E tudo isto porque não percebo ainda como se pode ir para a praxe para aproveitar-se do que ela traz… dai o ter deixado aqui um pouco de mim, da minha vivência.

Daniel

Anónimo disse...

Bom dia!

Li o teu texto com muita atenção e não percebi algumas coisas… Começando por

eu fui caloiro até ao fim e por isso tornei-me menbro da praxe, unica e exclusivamente para adquirir o estatuto de estudante praxista.

Foi por isso que fostes caloiro? Eu quando era caloiro não me passava pela cabeça isto… talvez tenha entrado na minha faculdade ainda muito inocente… mas o que eu queria era conviver com os meus colegas e divertir-me ao máximo (consegui deixar de ser tímido -sem me embebedar uma única vez - mas infelizmente so fiz 3 cadeiras!) No ano a seguir quando trajei, fi-lo porque senti uma obrigação em faze-lo… vivi tanto que achava que tinha que dar o meu contributo para que também outros pudessem ter fantásticas experiências. Como semi-puto fui um ‘escravo’ mas com gosto em remar para o lado que me pareceu o mais correcto… no 3 ano dei o meu melhor para aprender tudo, tive de engolir muitos sapos - porque afinal as coisas não eram bem como eu imaginava - mas lutei sempre para que um dia( que não estaria longe) poder fazer mais do que ser um bom ‘ajudante’. No meu quarto ano fiquei responsável pela praxe do meu curso e acreditem ou não foi um peso brutal sobre mim, pois aqui as coisas são levadas muito a sério. Eficiência e eficácia são palavras fundamentais. E comandar tanta gente não é fácil… principalmente quando se sente pressão do conselho de veteranos. Cheguei ao fim da quarta matricula com menos alguns cabelo e com também alguns brancos de cansaço… apesar de tudo o que passei, o bom e o mau, talvez muito mais coisas más do que poderia imaginar. Acabei com um sorriso largo e com os olhos brilhantes! Fiz muita merda, certo! Com o grau de exigência que me foi proposto eu propri osabia que ai fazer muita… mas com um sentido de dever cumprido! Hoje estou no meu quinto ano, infelizmente (por um lado) ainda vou ter de passar mais dois por cá mas continuo activo na praxe do meu curso e não tanto virado para os caloiros mas para os doutores.

Por traz de cada tshirt de caloiro, da cada capa e batina há um coração que bate… e praxe tem mais a ver com isso do que a maioria pode imaginar… sinto-me um priviligiado por poder ter falado (principalmente ouvido!) aqueles que deram origem a praxe do porto, aqueles que lutaram para que hoje qualquer um de nós possa sair de capa e batina sem medo… Um veterano meu que estimo muito diz que a praxe é pura na sua essência, as pessoas é que a deturpam… deixem que o espírito da praxe vos contagie e não o contrário

E tudo isto porque não percebo ainda como se pode ir para a praxe para aproveitar-se do que ela traz… dai o ter deixado aqui um pouco de mim, da minha vivência.

Daniel