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domingo, novembro 26, 2006

Quando se transforma a vida numa campanha eleitoral

"Ensinaram-nos mal a lidar com o conflito. Muito mal mesmo. Convenceram-nos de que era sinónimo de má educação dizer o que pensamos abertamente, por medo de ferir sentimentos alheios. Garantiram-nos que o diáligo era passaporte para chegar a todo o lado, mas isso encarregou-se o engenheiro Guterres de desmentir.
Enunciaram-nos a lista de quem nunca devíamos confrontar: começa nos pais, acaba nos patrões e passa pelos maridos/mulheres, pela amiga vizinha o gato e o periquito. O conflito disseram-nos, deve ser evitado a todo o custoe, se for impossivel fugir-lhe, então há que ceder, dando a outra face. E lá andamos nós a refugiarmo-nos em meias palavras ou pior ainda em "bocas", incapazes do pormos tudo em pratos limpos e de retirarmos dai as devidas consequências.
Mesmo que essas consequências signifiquem perder alguma coisa, ou mesmo alguém, o que é absolutamente preferível a engolir mágoas que enchem o copo que um dia transbordará (para fora ou pior... para dentro!) No fundo quem nos educou queria tanto que fôssemos eleitos por unanimidade, que nos aconselhou a transformar a nossa existência numa campanha eleitoral permanente. Esquecendo-se de que era igualmente fundamental preparar-nos para sermos capazes de pôr fim a uma relaçao, bater com o pé por uma causa ou convicção e dizer não a caminhos que não escolhemos (...)"
Isabel Stilwell
Noticias Magazine

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