Ségolène vai disputar presidenciais de 2007
Ségolène Royal, 53 anos, foi designada quinta-feira como a candidata dos socialistas franceses às eleições presidenciais de 2007, vencendo a votação reservada aos 220 mil militantes do partido logo na primeira volta
VISAOONLINE 17 Nov. 2006
A socialista Ségolène Royal tornou-se quinta-feira a primeira mulher a ter hipóteses reais de se tornar presidente da República em França, depois de ter obtido 60,62% dos votos na votação do partido para escolher o candidato às eleições do próximo ano. Longe ficaram o antigo ministro da Economia Dominique Strauss-Kahn, com 20,83%, e o ex-primeiro-ministro Laurent Fabius, com 18,54%.
«Congratulo-me com o facto de receber este apoio, de ser escolhida desta forma. É qualquer coisa de extraordinário» , comentou Ségolène Royal, numa primeira reacção após a vitória nesta espécia de primárias à americana dos socialistas franceses.A clara vitória permite-lhe abordar em posição de força a campanha presidencial numa altura em que, segundo as sondagens, está em pé de igualdade, numa eventual segunda volta, com o grande favorito à direita, o ministro do Interior, Nicolas Sarkozy.
É mãe de quatro crianças, várias vezes ministra e presidente da região Poitou-Charentes.
O UMP, partido de direita no poder, vai escolher o seu candidato num congresso a realizar a 14 de Janeiro, que deverá confirmar Nicolas Sarkozy como o representante do movimento nas presidenciais. No entanto, o primeiro-ministro Dominique de Villepin e a ministra da Defesa, Michèle Alliot-Marie, ainda não excluíram a hipótese de concorrer ao lugar.
É mais um, só mais um sintoma do atraso de Portugal, que para ter mulheres em cargos públicos só mesmo por decreto. Mas será que ela poderá mudar o pais que todos imaginamos ser o berço da celebre "liberté et fraternité d'égalité? Ou será apenas um fenónemo de popularidade tipico de paises terceiro mundistas? Será Evita? Será uma Golda Mair? Uma Indira Gandhi?
A França e todos os paises da Europa Ocidental deparam-se com o conflito latente entre crescimento económico e bem estar social. Esta senhora colocou o partido socialista de cabelos em pé ao defender que a Europa não pode trabalhar menos horas por semana ganhando mais e sendo menos competitiva.. Fala de temas tabú, fala de emigração, e do descontrolo que esta tomou, ela fala em "democracia participativa" e "inteligência coletiva".
Puderá o mundo finalmente mudar em 2008 quando com Hillary Clinton, quiçá 3 das 5 maiores economias serem governadas pela nova vaga?
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